Orientações, esclarecimentos e rico debate marcam o Encontro “Entendendo o Autismo”

Orientações, esclarecimentos e rico debate marcam o Encontro “Entendendo o Autismo”

Profissionais qualificados levam conteúdo relevante para a comunidade Camponovense

 

Os sinais, as características e os desafios de encaminhar o Autista para o mercado de trabalho foram alguns dos principais temas abordados na roda de conversa “Entendendo o Autismo”. O encontro foi realizado na noite da última quarta-feira, 27/04, no Plenário da Câmara de Vereadores, e contou com a presença da Diretora da AMA (Associação dos Pais e Amigos dos Autistas) Vera Durli, Psicóloga Cléia Malcorra e a Fonoaudióloga Vanderlea Scapini. Também estiveram presentes a Presidente da Câmara Celina Manfroi  e os Vereadores Marciano Dalmolin, Rodrigo Pedroso, João Nilso, Piratuba Júnior e João Batista de Almeida (Tita).

 

O evento também contou com o prestígio da imprensa local e profissionais das áreas da educação, saúde e psicologia. O atual Secretário Municipal da Saúde, Vinícius Serena e a ex Secretária, Mayara Antunes Serena, também compareceram ao encontro, bem como, a Secretária Municipal de Educação, Adriana Zanatta. A comunidade em geral também se fez presente, lotando o Plenário Domingos Rigo e acompanhando o evento ao vivo pelas Redes Sociais.

 

Durante a sua explanação, Vera Durli, ressaltou que a AMA vem há mais de uma década trabalhando pela inclusão das pessoas com Autismo. Para ela, o principal desafio é encaminhá-los para o mercado de trabalho, porém, mesmo diante deste cenário, 05 usuários do AMA atualmente estão inseridos no comércio camponovense. “Nossos Autistas cada vez mais estão adquirindo seu espaço no mercado de trabalho, eles são responsáveis e muitos deles têm como características serem perfeccionistas e metódicos”, comentou Vera.

 

A Dra. Cléia Malcorra explicou que existem três níveis de Autismo, do leve ao mais intenso, sendo que a origem deste transtorno é genético e pode ser hereditário. Nestes níveis é possível identificar características como dificuldade social, sensibilidade sensorial, dificuldade em flexibilizar, dificuldade na fala quando criança e de se comunicar nas demais fases da vida.

 

“Para os casos leves, geralmente as famílias pensam que a criança é birrenta, tímida, e muitas vezes leva-se tempo para que ela receba um diagnóstico de Autismo. Por outro lado, para casos de níveis mais altos, pode ser realizado um acompanhamento mais próximo, inclusive com terapias para evitar crises. E chamo atenção das famílias para ficarem atentas aos sinais, para que o transtorno do Espectro Autista não leve à depressão e ao suicídio”, orientou a Psicóloga.

 

Durante a Roda de Conversa, a Fonoaudióloga Vanderlea Scapini, lembrou que a fala precisa de modelo e que as pessoas que fazem parte do círculo social dos Autistas precisam conversar bastante, pois é dali que vem o exemplo. A profissional também explicou como é feito o processo de diagnóstico, e orientou os pais a procurarem ajuda profissional assim que notarem um comportamento diferente do filho em relação às demais crianças.

 

Após as explicações das profissionais, o encontro “Entendendo o Autismo” foi aberto para perguntas do público em geral. A troca de informações trouxe à tona experiências de vida e enriqueceu o debate sobre um assunto de muita relevância no cenário familiar, social e profissional. Atualmente, estima-se que uma a cada 54 pessoas seja autista. Segundo informações, o índice de casos em Campos Novos é maior quando comparado à região.

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Postado em 28 de abril de 2022 0